O dólar abre em queda após ultrapassar R$ 5 devido aos juros altos nos Estados Unidos
A sessão desta quinta-feira (28) começou com o dólar abrindo em queda, após ter ultrapassado o patamar dos R$ 5 na véspera. Esse movimento ocorreu em um dia de cautela nos mercados globais em razão dos juros altos nos Estados Unidos. A abertura do dólar mostra uma leve recuperação em relação ao fechamento do dia anterior, onde a moeda norte-americana registrou alta de 1,22%, cotada a R$ 5,0478, alcançando o maior patamar desde maio.
No acumulado da semana, o dólar já apresenta uma alta de 2,34%, enquanto no mês a valorização é de 1,98%. Porém, no acumulado do ano, a moeda ainda apresenta uma queda de 4,36%.
Situação do Ibovespa no dia
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores de São Paulo, a B3, só inicia as suas operações a partir das 10h. No último dia de negociações, o Ibovespa encerrou com uma queda de 1,49%, ficando aos 114.193 pontos. Com esse resultado, o índice acumula uma queda de 1,45% na semana e de 1,22% no mês. Por outro lado, o Ibovespa registra uma alta de 4,19% no acumulado do ano.
Principais fatores que estão influenciando os mercados
Algumas questões têm chamado a atenção dos investidores nos últimos dias, influenciando o comportamento dos mercados. Nos Estados Unidos, destaca-se a divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) referentes ao segundo trimestre. Analistas projetam uma alta de 2,4% no segundo trimestre em base anual, o que representa uma aceleração em relação aos 2% do primeiro trimestre. Além disso, serão divulgados novos dados de pedidos semanais de seguro-desemprego, com a estimativa de 225 mil pedidos na semana passada.
Outro ponto de atenção é o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, Jerome Powell. No dia anterior, os mercados estavam cautelosos em relação à direção dos juros nos Estados Unidos, o que pode ser influenciado pelo posicionamento de Powell.
Situação econômica no Brasil
No Brasil, além do movimento dos mercados globais, há dados importantes sendo divulgados. Um deles é o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto, que trará informações sobre a situação do emprego no país. Além disso, foi divulgado o relatório trimestral da inflação, onde o Banco Central manteve sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 5% para 2023.
O Banco Central também elevou de 2% para 2,9% sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Essa alteração ocorre após o anúncio de que o PIB cresceu 1,9% no primeiro trimestre e 0,9% no segundo trimestre, números acima das expectativas do mercado financeiro. Pela primeira vez, o BC também divulgou uma projeção para o PIB de 2024, com uma expansão prevista de 1,8%.
Outra informação relevante é o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) de setembro. Neste mês, o índice registrou uma alta de 0,37%, após uma queda de 0,14% em agosto, de acordo com dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas.
Conclusão
O cenário atual dos mercados reflete a cautela dos investidores diante dos juros altos nos Estados Unidos, com o dólar apresentando certa instabilidade. No Brasil, os dados econômicos divulgados trazem informações importantes para a avaliação do crescimento e da inflação, além de impactarem o desempenho do mercado financeiro. Acompanhar atentamente esses indicadores é fundamental para tomar decisões estratégicas de investimento.
Redes sociais